Mulher Tigresa -,cujo desejo se transforma em beijos, cama e cumplicidade. Fêmea silenciosa, de andar felino. Olhar ardente, lábios úmidos, código de insaciável apetite sensual, que tem origem em fonte misteriosa de energia erótica incomum.
A Poetisa se confunde com a Tigresa - flui ao mundo exterior através de lindos poemas - sensibilidade à flor da pele. Exala dos confins de suas entranhas doce
aroma de tesão. Cada palavra escrita ou sussurrada toca a alma, despejando de desejo crescente o cotidiano - e assim segue tecendo uma rede de fantasias.
A Poetisa e seu desejo -, na quase repousante escuridão dos sonhos não compreendidos, o mundo, o mundo físico não se materializa, onde as rosas são sempre rubras e viçosas. Os toques dos beijos e a ânsia do tesão da carícia na pele nua - se transformam em fantasias perfumadas nos lençóis. Oferendas no ritual do amor. Sabonete e água deslizando suavemente por cada célula - não há pressa. Urge prolongar o prazer. É gosto de sorvete de cupuaçu nas línguas - a lingerie negra foi retirada, quase insuportável o fogo ardente entre as coxas carnudas.
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Foge. Vai até a varanda do arranha-céu e ali fica a transar com a luz das estrelas, ao som da melodia da brisa da madrugada.
~~EDEMILSON RIBAS~~