Paixão – chama própria dos humanos, quase eterna, etérea que não correspondida atravessava a vastesa dos espaços e me deixava absorta, muda a latejar de desejo para gozar da feminilidade imaginada.
Muita emoção. Muita emoção. Ia correr a me abrigar no limpo alvorecer, no lento aconchego do balançar da rede de largas varandas. Tenebroso sentimento – cuidava em escondê-lo. “Ele” se sentia apenas um amigo. Nada adiantava eu sonhar que receberia retorno da paixão que ora sentia. Repousaria e esconderia esta desvairada e apaixonada Maria – mulher nos suaves abrigos dos sonhos. E somente aos meus contos revelaria minha sombria solidão. Estabeleceria Monólogo – quando estivesse saudosa pela ausência dele. Incipiente, diria alguém se soubesse.
~~EDEMILSON RIBAS~~